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sábado, 29 de maio de 2010

"Agora me tornarei uma pessoa daquelas
que se cuidam para não se envolver.
Já tenho um passado, tenho tanta história.
Meu coração está ardido de meias-solas.
Sei um pouco das coisas? Acho que sim.
Tive tanta taquicardia hoje.
Estou por aí, agora..."
"É preciso que você venha nesse exato momento.
Abandone os antes.
Chame do que quiser.
Mas venha.
Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates...
Apague minhas interrogações.
Por que estamos tão perto e tão longe?
Quero acabar com as leis da física,dois corpos ocuparem o mesmo lugar!
Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha.
Não sou pedaço.
Mas não me basto." 
 
"Assim: deixa a vida te lavar a alma, antes, então a gente conversa.
Deixa você passar dos trinta, trinta e cinco, ir chegando nos quarentas não casar e nem ter esses monstros que eles chamam de filhos,casa própria nem porra nenhuma. Acordar no meio da tarde, de ressaca, olhar sua cara arrebentada no espelho. Sozinho em casa, sozinho na cidade, sozinho no mundo. Vai doer tanto, menino. Ai como eu queria tanto agora ter uma alma portuguesa para te aconchegar ao meu seio e te poupar essas futuras dores dilaceradas.Como queria tanto saber poder te avisar: vai pelo caminho da esquerda, boy,que pelo da direita tem lobo mau e solidão medonha."
"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso."


(perfeito..)
"Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem.
Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração.
Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida.
E não darei. Não é mais possível.
Não vou me alimentar de ilusões.
Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível
que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas,
encontros transferidos..."
"Merda, sempre acabava gostando das malditas pessoas e todas as suas loucuras."
"Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança.
Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem." 

 (É mesmo caio)

Pensando em tantas....

Talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sou do tempo que:

Orkut não existia;
tv colosso passava na globo,
e a gente só ia almoçar quando
aquele cachorro gritava “Tá na mesa pessoaaaaal..”
colecionar álbuns de figurinhas era top,
bater tapão então, nem se fala… o máximo
tênis de luzinha, era essencial
meninos de 13 anos assistiam cavaleiros-do-zodiaco e dragon-ball-z;
existia carrosel.. depois, chiquititas;
meninas de 11 anos brincavam de boneca,
e não saíam pra ‘pegar geral’, aliás, nem saíam;
plutão ainda era um planeta;
mc donalds, custava 4,00
kinder ovo era 1 real
salgado + refri = 1,00;
podia-se brincar na rua e voltar pra casa,
onde o maior perigo era se machucar…
e pra isso ainda tinha a solução:
o merthiolate que, naquela época, ainda ardia;
pessoas realmente se conheciam,
e não tão somente pela “descrição” e álbum do orkut;
fotos não eram tiradas para serem colocadas no orkut
e sim para recordarem um momento.. chamávamos até de “retrato”,
pois realmente tinha a função de retratar um momento/emoção
e não valia ver como ficou, apagar e repetir;
maquiagem era coisa de gente grande,
usar quando era criança, só pra brincar de gente grande;
pra saber da vida de alguém,
só lendo os “cadernos de respostas” que faziamos — nada de “fuçar”;
crianças tinham (no auge da tecnologia) tamagotchi
e não super-telefones-celulares
com câmeras que tiram fotos (pro orkut) e filmam;
emos não existiam,
usar all-star, franja ou ter um estilinho diferente era legal;
beijos não eram mandados, nem escritos;
as crianças ainda gostavam de parques de diversão
(com tromba-tromba, twister, casa-dos-espelhos, etc)
e não tinham problemas de visão nem obesidade
dados pelos videogames e computadores;
(embora jogar super-mário, zelda, top-gear, f-zero,
super-star-soccer e street-fighter no super nintendo era o máximo)
biscoitos “do fofão” e “mirabel” existiam
festas de 15 anos eram baile de debutantes
e não eram mega-eventos-pop e nem se trocavam vendiam por viagens;
a intenção num show era ver o show,
e não brigar ou disputar por números de beijos.
as músicas (quando) tinham coreografias eram decentes;
bonde significava no máximo um meio de transporte
e bala era juquinha, 7 bello ou chita, e não drogas ou balas perdidas.
Se mandava cartinhas, pra dizer que amava
e não scraps e/ou depoimentos;
dizer que amava, o termo “te amo”.. era algo especial
e não banalizado, não se dizia para qualquer-”super-amigo”-temporário;
ser ‘pitboy’ não fazia a mínima diferença,
academias tinham poucas, era coisa de gente-grande
e dava-se valor a coisas mais duradouras e menos paupáveis;
os casamentos duravam mais,
ou pelo menos duravam alguma coisa;
para se ter um amigo era necessário adquirir confiança,
credibilidade entre ambos, e não apenas 2 cliques.
e o tempo passou, a modernidade/informática chegou… pra
resolver problemas que, definitivamente, não existiam.

ah, quanta saudade… eu era mais feliz naquele tempo.

Autor Desconhecido
Combinamos que não era amor. 
Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós.A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer. 
Mas a gente combinou que não era amor. 
Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer. Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.
Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você?Coitado. Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre.E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor. E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono.  
Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.’


"Ouça Virgínia, é preciso amar o inútil. 
Criar pombos sem pensar em comê-los,
 plantar roseiras
sem pensar em colher rosas
escrever sem pensar em publicar, 
fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. 
A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas da vida.
A música. Este céu que nem promete chuva. Aquela estrelinha nascendo ali... está vendo aquela estrelinha? Há milênios não tem feito nada, não guiou os reis magos, nem os pastores, nem os marinheiros perdidos... apenas brilha. Ninguém repara nela porque é uma estrela inútil. 
Pois é preciso amar o inútil porque no inútil está a beleza. 
No inútil também está Deus.
Virgínia apertou o ramo de rosas contra o peito. Inútil é o amor que eu tenho por você, quis dizer-lhe.
Não disse."
...Ansiosa...
Deveria saber porque ainda continuo se sei aonde vai dar tudo isso. Não é que eu seja desorientada, apenas gosto de ir até o fim..E sei exatamente como será esse fim..Fim provocado..
Sendo assim, vou até onde consigo, até onde posso fingir que tudo é verdade..

Bendita seja essa desconfiança do mundo que me faz viver acordada todo o tempo..
Certa vez acreditei..mas foi mais ou menos assim, ao longo da curta caminhada, já pude ver que não se acreditar...e eu não acredito mesmo...

Então deixa estar..como quiser, como sempre foi..Alguém que fala tanto de evolução, mudanças..e todas as bobagens(ou não) de alguém que acha que sabe viver..Deixa...
E continua a fazer todas as coisas que sempre fez, sem saber como é o diferente, o verdadeiro..Ser verdadeiro..Queria poder estar lá pra ver...mas provavelmente não será possível..Não tenho muito tempo..tenho urgência de ser feliz de verdade...sem fingir que acredito..

Deixa assim, como é, como estar, como será...

Eu não tenho mais tempo....

"O fato se dissolve. As lembranças são outras distâncias. Eram coisas que paravam já, à beira de um grande sono. A gente cresce sempre, sem saber para onde."

(João Guimarães Rosa)



"Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que eu não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. (...) Como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo?"


" Eu sou mais forte do que eu".
"A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu.Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a mim mesma"

[Alice no país das maravilhas.]

quinta-feira, 20 de maio de 2010


Pra estar feliz
é preciso antes
ser feliz

DENTRO
Vim gastando meus sapatos
Me livrando de alguns pesos
Perdoando meus enganos
Desfazendo minhas malas
Talvez assim chegar mais perto
Vim achei que eu me acompanhava
E ficava confiante
Outra hora era o nada
A vida presa num barbante
Eu quem dava o nó

Eu lembrava de nós dois mas já cansava de esperar
E tão só eu me sentia e seguia a procurar
Esse algo alguma coisa alguém que fosse me acompanhar

Se há alguém no ar
Responda se eu chamar
Alguém gritou meu nome
Ou eu quis escutar

Vem eu sei que tá tão perto
E por que não me responde
Se também tuas esperas te levaram pra bem longe
É longe esse lugar

Vem nunca é tarde ou distante
Pra eu te contar os meus segredos
A vida solta num instante
Tenho coragem tenho medo sim
Que se danem os nós

Se há alguém no ar
Responda se eu chamar
Alguém gritou meu nome
Ou eu quis escutar

(Antonio Villeroy)

Ele e ela um dia..

Um dia ela o encontrou. E foi assim sem querer mesmo, numa dessas manhãs que você sai de casa.
Um oposto do outro toda vida. Mas, um dia sem querer de novo, ou querendo, ainda não se sabe como se deu o fato. Enfim, um dia eles se enamoraram. Mas foi só um tipo de experiência daquelas vamos ver no que vai dar entrar naquele mundo estranho. Coisa de gente que gosta de arriscar, sabe!
Mas, pelo jeito um gostou do outro, de uma certa forma. Mas de um jeito bem diferente um do outro. 
E dava vontade de se encontrar de novo, igual Eduardo e Mônica, mero detalhe, já que apesar das diferenças, os dois da música se entenderam como havia de ser.


Mas ela como sempre observando tudo muito minuciosamente..Ela observava o mundo de forma diferente. Porque ela sempre queria a melhor parte do bolo.


E pra quem achava sem cabimento aqueles dois "juntos" com tantas diferenças, o tempo passou um tanto quanto agradável. Isso porque um dia ela fingiu e deixou acontecer, daquele jeito que faz algumas vezes, vamos ver no que vai dar.


Mas sabia muito bem que não podia usar de apegos dessa vez.


Ela experimentou coisas agradáveis perto dele, como ele também insistia na sua companhia, provavelmente deve ter provado coisas boas.


Mas eram diferentes..
Ela que achava que era menina demais porque chorava no banheiro pra ninguém ver, porque treinava no espelho quando precisa ter conversas decisivas..Porque fugia de pessoas e de situações..Porque tinha medo de quase tudo..
E ela percebeu juntando os dias observados, que a menina ainda existia, mas era uma menina madura..Uma menina que agora acreditava, que lutava e que conseguia tudo que queria. E ela queria muito, muito mesmo.
E, ela que nunca se contentou com pouco, se via agora numa situação ridícula. Onde ele era apenas um homem crescido, mas pouco amadurecido. Que talvez ainda não soubesse o que querer e o que realmente vale a pena e pelo que vale a pena.


E agora as diferenças que antes davam razão para estarem juntos, foram ficando pesadas..
Ela achou que seria interessante conhecer o outro lado..E foi..Mas ela ainda acreditava em princípios que ele não se interessava..


Eles realmente eram muito diferentes..


Ela que além..Ele queria o agora..
Ela podia estar com ele somente naqueles dias sem que nada e ninguém mais importasse..Ele achava que podia estar em vários, com várias no mesmo instante..
Ela sempre teve alvo definido pra tudo na vida...Ele?..Ela ainda não descobriu..
Ela faz questão de ser única entre milhares..Mas ele não notou essa diferença..talvez porque a mesmice tomou conta sem que ele percebesse..


E ela um dia depois de muito querer decidiu que ele num ia querer experimentar as coisas boas que ela sabia que existiam na vida..Ele achava muitas coisas..





'Tudo que eu fiz
Foi ouvir o que o meu peito diz:

"Que apesar de tanta magoa

Vale a pena toda luta

Para ser feliz"

Tudo que eu fiz foi seguir a mesma diretriz

Confiando e acreditando

Que na vida todo mundo pode ser feliz

É preciso crer no coração

Porque se não

Não tem razão de se viver

E eu quero ver

Nascer um tempo bom

Meu peito diz

Coracao da gente é igual pais"

Não deu certo uma mudanca, você muda de esperança. (Ivan Lins)

Porque a gente merece ser feliz'
"Aquela loucura de flores e cores
do lado de fora
era a vitória dela."
Ela que sempre foi uma menina esquisita..Menina dos cachos..Ela cresceu..
Uma vez ela se apaixonou..Mas, vivia num mundo dela e não percebia que ninguém a via..Quando saiu já era tarde..
Daí, com muitas lágrimas, chegou até ficar sem dormir..Ela ficou seca..mudou..e foi crescendo..sempre com o ar de menina, mas com uma força de gente grande que cresceu de verdade..


Um dia..mesmo tão distante, ela encontrou alguém que a amava, que a amou..
E esse alguém se tornou muito importante, ela o chamava de "seu anjo"..Mas foi deixando o medo da vida de lado e aquela proteção e aquele apego por conveniência já não era algo tão necessário..Era assim que ela o tratava, como uma necessidade..Algo que era necessário naquele momento..
Mas ela o amou..Do jeito dela. E ele aceitou assim mesmo. Pensava que poderia mudar com o tempo.


E a menina ficou suficientemente madura para ir sozinha viver. E, decidiu deixá-lo. Mas isso foi devagar. Doía muito deixá-lo.


E ela resolveu viver..Procurar um amor, encontrar novos amigos, conhecer pessoas, lugares, ouvir músicas diferentes, experimentar coisas novas..E, simplesmente deixar a vida correr solta um pouco..


E ela foi, mas agora está aqui..Percebendo que a vida era bastante feliz.
Acrescentou coisas bacanas, coisas que pode levar na sua nova vida. Mas querendo a vida de verdade que tinha e não os passos descontrolados que dá hoje.


E, ela pensa em parar por esses dias...

Livre..

no vocabulário naval, terral é o vento que vem do continente e leva ao mar. é a corrente dos corações livres.
apesar da relação de pertencimento e da entrega voluntária, amar é deixar livre para navegar. esse é o paradoxo, no discurso amoroso, livre é o navio que atraca em reconfortantes portos sem precisar baixar as âncoras.
tenho coração de pirata. aproveito o vento terral. miro sextantes. navego para além-mar. com as cicatrizes de batalhas passadas e antigos amores.
com o coração livre. deseje-me sorte.
Ainda não ser porque ainda estou ali...
Ontem analisei, olhei, procurei..cada detalhe...dormi pensando e acordei pensando..
Sou bastante fria quando se trata de sentimentos. Não me firo, não sofro com mais nada.
Me tornei forte e equilibrada, não sei exatamente em que situação, pois era muito diferente.
Mas ainda acredito, ainda espero, ainda quero...
Um alguém, um lugar, um amor, uma paz..
Sabia que não seria dessa vez, e realmente não foi..Mesmo assim fui além..Sempre vou muito mais além do que deveria, mas exatamente onde eu gostaria..
Não tenho medo da vida, mas vivo com dedicação, com responsabilidade, com cuidado..Cuidado com a minha própria vida, que foi me dada como um belo presente..Agradeço todos os dias quando acordo..Percebo como Deus consegue ser sensacional..

Nunca canso da procura..Não existe medo em mim..
Não me prendo mais a nada que não sirva, só aquilo que realmente vale a pena. Porque percebo o quanto vale a pena lutar por mim.

Sendo assim, acho que posso sair dali agora, nada me prende, pelo contrário. Tudo só me afasta...
Então, acho que já devo ir..


"A partir de hoje, uma vida feita de fatos."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Não morro de amores por pessoas sem mistério, quando se é muito transparente, muito risonho e educado é raro ser levado a sério. Prefiro os mais silenciosos, os que abrem a boca de menos, os mais serenos e mais perigosos. Aqueles que ninguém define e que sempre analisam os fatos por um novo enfoque. Prefiro os que têm estoque aos que deixam tudo à mostra na vitrine."
Menina-moça, tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi com a Dona Chica, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço..

“À raça dos desassossegados pertencemos todos, negros e brancos, ricos e pobres, jovens e velhos, desde que tenhamos como característica desta raça comum, a inquietação que nos torna insuportavelmente exigentes com a gente mesmo e a ambição de vencer não os jogos, mas o tempo, este adversário implacável.

Desassossegados do mundo correm atrás da felicidade possível, e uma vez alcançado seu quinhão, não sossegam: saem atrás da felicidade improvável, aquela que se promete constante, aquela que ninguém nunca viu, e por isso sua raridade.

Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planejavam.

Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam ao concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam.

(..) Desassossegados têm insônia e são gentis, lhes incomodam as verdades imutáveis, riem quando bebem, não enjoam, mas ficam tontos com tanta idéia solta, com tamanha esquizofrenia, não se acomodam em rede, leito, lamentam a falta que faz uma paz inconsciente. Desta raça somos todos, eu sou, só sossego quando me aceito.”


Je suis excessive, Eu sou excessivo,J'aime quand ça désaxe, Eu gosto quando isso desequilibra,Quand tout exagère, Quando tudo exagera,Moi je reste relaxe Eu, eu permaneci relaxado,Je suis excessive, Eu sou excessivo,Excessivement gaie, Excessivemente alegre,Excessivament triste, Excessivamente triste,C'est là que j'existe. É, eu existo.

domingo, 16 de maio de 2010

"Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meio bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante, que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?"

Pinto a realidade com alguns sonhos, e transformo alguns sonhos em cenas reais.
Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima.
Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz."

Felicidade Clandestina

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade". Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu nao vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte"com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. As vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante. ***(Clarice L.)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ser ou não ser de alguém..

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".

No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalistas" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam o ouvido do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das
pessoas, descaso e rejeição.

A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso,
viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois?

Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação".


Agir como tribalistas tem consequências, boas e ruins, como tudo na vida...


Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua,
namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa
pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo.

Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.


Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada.


Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.


Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.


Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só pra dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar".


Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio a confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinal de frustrações futuras.


Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal juntos até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam.


A questão não é casual, mas quem sabe correlacional. Podemos aprender a amar se relacionando, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.


Ser de todo mundo e não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.

sábado, 8 de maio de 2010

"Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo. Gênero não me pega mais. Além do mais, a vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora. Entender é sempre limitado. As coisas não precisam mais fazer sentido. Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada. Porque no fundo a gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro."

O que elas querem?


Hoje resolvi pegar o danado do livro que comprei num momento de "fraqueza" achando que poderia me ensinar algumas coisas do tipo: COMO DEIXAR DE SER BURRA (de novo).
Algumas coisas que fiz questão de marcar com a caneta fluorescente laranja:

* Uma mulher inteligente sabe que o seu bem mais
valioso é a consciência de si mesma.
* Uma mulher inteligente sabe que ser inteligente significa:
• Manter-se racional.
• Deixar sua inteligência controlar suas emoções, e não
o inverso.
• Confiar mais em seus valores do que em seus
hormônios.
• Escolher relacionamentos que a façam feliz e permitam
que ela cresça.
• Procurar e acolher pessoas otimistas e encorajadoras.
• Manter distância de relacionamentos que significam
p-r-o-b-l-e-m-a.
• Afastar-se de pessoas que tentam controlá-la ou a
façam sofrer.
* E, mais importante do que tudo, uma mulher inteligente
jamais se esquece de que ela é uma pessoa especial, com ou sem
um homem em sua vida.
* Confie mais em sua inteligência do que em seus hormônios;

- Mesmo que você seja a mulher certa, o homem errado

continuará sendo o homem errado;

- Chorar é algo que se faz em casamentos e funerais... e não

nas noites de sábado;

- Há uma grande diferença entre ele estar passando por uma

fase e você estar sendo deixada de lado;

- O homem que quer dominar o mundo provavelmente tentará

dominar você também;

·- "Grudenta" não é sinônimo de "feminina".

 ...
"Eu nunca fui uma moça bem-comportada.
Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida,
pra paixão sem orgasmos múltiplos
ou pro amor mal resolvido sem soluços
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.
Não estou aqui pra que gostem de mim.
Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.
E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.
Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros,
mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis,
em alegrias explosivas,
em olhares faiscantes,
em sorrisos com os olhos,
em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma,
no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades..." (Marla de Queiroz)

Que coisa...

Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso?
Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber, pode ser amor.'
 
 

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pensando..

Tarde de quarta-feira, quase 15 horas da tarde, sentada de frente pro meu computador.
De frente ainda vejo o dia lá fora, tão perfeito, parece primavera. Eu adoro tardes de primavera. Ainda não sei bem o que me causa, mas desde de criança tardes de primavera me deixa com uma euforia profunda e uma imensa vontade de viver.
Não posso sair, estou no trabalho. Sozinha na sala, penso em diversas coisas diferentes, fico ansiosa. Ansiedade talvez seja meu estado normal, mas ainda estou aprendendo a controlar isso. Hoje acordei meio sem vontade de gente, não vou a aula, preciso terminar o dia sem muitas pessoas me olhando.
Ouço os pássaros nesse exato momento enquanto tento reorganizar meus pensamentos, ninguém consegue entender, nem mesmo eu.
Ainda sem saber o que fazer a respeito de diversas decisões. Preferia não ter que decidir. Decidir me deixa cansada. Eu já to tão cansada de tudo isso.
Tento sempre, a todo instante, mostrar pra mim mesma o quanto eu sou forte, e determinada, as vezes obstinada. Tento mostrar que não tenho medo de nada e que posso tudo o que desejar. E, realmente eu acredito nisso. O suficiente para conseguir o que eu determinar para minha vida. Exceto quando se trata de pessoas. E é nesse instante que as coisas complicam pra mim. Quando eu determino e escolho algo pra minha vida, nunca penso em nada pouco ou morno ou insuficiente. Penso logo no muito, no grandioso,no verdadeiro e porque não, no "pra sempre"!
Pessoas as vezes me dão cansaço, tédio, nojo. De qualquer forma o tempo das coisas me deixam ansiosa.
Bastava agora um livro, uma música, uma praia (´Búzios só pra mim), um sorvete e um propósito. Acho que isso me ajudaria a pensar. Infelizmente hoje num vai ser possível pensar nessas circusntâncias.
Sendo assim, hoje devo ir de ônibus pra casa. Andar de ônibus me faz bem de vez em quando, me faz pensar, pelo menos até a hora em que eu não resisto ao sono.
Andar se ônibus após um longo e interminável dia de trabalho, depois de acordar de madrugada e pegar metrô abarrotado e ter que olhar pessoas a todo instante com aquele "bom humor" da manhã. Como se fosse suficiente, ainda ter que ouvir um doido de um chefe gritando como um maluco (no meu caso, ele é realmente maluco), enfim...
No fim de um longo dia, vem a viagem de ônibus e me dá aquela nostalgia. Que bom pra pensar.
Um banco no canto da janela, uma pipoca doce e quentinha, uma música no fone de ouvido e muitos pensamentos pra ocupar toda minha viagem até em casa.

sábado, 1 de maio de 2010

Goste..

Goste de alguém que te ame,
Alguém que te espere,
Alguém que te compreenda mesmo nos momentos de loucura;

De alguém que te ajude, que te guie, que seja seu apoio,
Tua esperança, teu tudo.
Goste de alguém que não te traia,
Que seja fiel, que sonhe contigo,
Que só pense em você,
Que só pense no teu rosto,
Na tua delicadeza, no teu espírito.
E não no teu corpo, nem em teus bens.
Goste de alguém que te espere até o final;
De alguém que sofra junto contigo,
Que ria junto a ti, que enxugue suas lágrimas,
que te abrigues quando necessário,
Que fique feliz com tuas alegrias
E que te dê forças depois de um fracasso.
Goste de alguém que volte pra conversar com você depois das brigas,
depois do desencontro;
De alguém que caminhe junto a ti,
Que seja companheiro, que respeite tuas
Fantasias, tuas ilusões;
Goste de alguém que te ame.
Não goste apenas do amor.
Goste de alguém que sinta o mesmo sentimento.
Se você estiver só se enamore, ame-se, elogie-se curta-se
Neste dia e em todos os outros.
Não sinta-se só
Você tem a você...
E isto pode ser melhor que qualquer coisa.

[Luiz Fernando Veríssimo]

Compreendendo...

Voltei pra mim hoje..Decidi..

Não precisei de conselhos, de alertas, de conversar..Eu havia dito que decidiria na hora certa, catando todas as coisas que fossem necessárias para uma decisão acertada..Enfim, decidi..Com toda certeza..

Não estou precisando de um amigo, porque os poucos que tenho já são sufucientes..
Não preciso de companhia, a minha própria já me deixa contente, quando está contente..
Não preciso de um professor, de alguém que me ensine como ser, e fazer, o resto eu aprendo sozinha (algumas coisas a vida mesmo trata de ensinar, ele deveria saber disso, mas pelo jeito não aprendeu nada..).
Nesse momento realmente não preciso..Não estou precisando de beijos, abraços, conselhos, de conselheiro, de amigo, dos outros amigos que eu não quero, não preciso de nada disso, nada do que ele tinha naquele momento pra me oferecer...
Preciso de mais, muito mais..Não por vontade, mas por merecimento..
Alguém que eu diga..-Basta por aqui! Agora posso ficar sossegada, e alguém que diga exatamente o mesmo. E mais, que mostre o mesmo.

Viver tanto não o ensinou que a vida é bem mais simples e pode ser muito mais feliz..Mas eu aprendi, eu vivi o suficiente para aprender a viver com plenitude, com toda força da palavra, plenitude na vida.

As escolhas que fazemos a cada segundo determinam os detalhes da vida..
hoje eu escolhi a mim mesma, a me dar mais valor e exigir reciprocidade de qualquer outra pessoa que esteja ao lado.

Não tenho todo o tempo do mundo, e nem perder o pouco que me resta com esforços enganosos..

Hoje decici..