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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ser sua namorada..

Sinto falta de passear de mãos dadas,
De ser chamada de sua,
E de saber que você é meu.
Sinto falta de ouvir de seus lábios o
Eu te amo mais sincero que um dia eu ouvi
Sinto falta de passar o dia contigo
E de rir das besteiras mais tolas.
Sinto falta de simplesmente deitar com você
E deixar o tempo passar.
Sinto falta de sentir que eu sou sua mulher.
Sinto falta de poder mostrar pra todo mundo
Que estamos juntos.
Sinto falta de poder te dizer eu te amo.
Sinto falta de poder dizer que eu te quero.
Sinto falta de ter nem que seja uma briguinha com você.
Sinto falta de poder te abraçar e deixar as horas passarem.
Sinto falta de poder dormir e
Saber que no outro dia posso contar com você.
Sinto falta de sorrir por motivo algum.
Sinto falta de manifestar o que eu sinto.
Sinto falta de ter o homem que meu
Coração se apaixonou perdidamente.
Sinto falta de ser valorizada,
Sinto falta de ser amada.
Sinto falta de poder sonhar acordada.
Sinto falta de ser sua namorada.

(Mario Quintana)



O que as palavras não dizem..

Conversa difícil essa, poderíamos dizer..Mas, precisa..
Nunca fui, e acho que nunca serei muito boa com as palavras, nem com as letras...
Fiz isso porque sou egoísta e leviana com as pessoas..
Tanta falta faz na minha vida..Bem sei que posso viver ocupando esse espaço sem você..
Tão fundamental na minha vida..mas qual parte dela que você ocupa?
Preciso saber..E é por essa razão, mesmo que não entenda..Que preciso me manter afastada..
Nunca mais te farei sentir do mesmo jeito..Preciso tanto de você!
"Bebo porque é líquido, se fosse sólido eu comia”..
“Escrevo porque escrevo, se me pagassem eu só falava"
(Millor Fernandes)

"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando…”

“Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar 
uma vida que não foi abençoada”

“É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção…porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?”
(Clarice L.)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Hoje..

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

Quando me amei de verdade...

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!




Como se fosse..

Acordei hoje com a sensação de que seria o último, último dia.
Não era uma coisa ruim, era novo.
Viver como se fosse a última oportunidade, último filme, última música, último passeio, última conversa...última oportunidade..
Como se tivesse um câncer terminal. Sabendo que tudo pode acabar a qualquer hora, e que preciso sentir cada minuto.
Com alegria de ainda estar aqui e poder ainda poder viver coisas novas, mesmo que passageiras. Mas com a tristeza de alguém que deixa, e magoa e faz sofrer...
Talvez depois de amanhã não seja mais o último, não quero mais que seja o último.
Depois quero que seja como "infinito", e que me deixe em paz, mesmo sozinha.

 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Aí Tem..

As coisas são como são. Se alguém diz que está calmo, é porque está calmo. Se alguém diz que te ama, é porque te ama. Se alguém diz que não vai poder sair à noite porque precisa estudar, está explicado. Mas a gente não escuta só as palavras: a gente ouve também os sinais.

Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava frio como um iglu. Você falava, falava, e ele quieto, monossilábico. Até que você o coloca contra a parede: "O que é que está havendo?". "Nada, tô na minha, só isso." Só isso???? Aí tem.

Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava exaltado demais. Não parava de tagarelar. Um entusiasmo fora do comum. Você pergunta à queima-roupa: "Que alegria é essa?" "Ué, tô feliz, só isso". Só isso????? Aí tem.

Os tais sinais. Ansiedade fora de hora, mudez estranha, olhar perdido, mudança no jeito de se vestir, olheiras e bocejos de quem dormiu pouco à noite: aí tem. Somos doutoras em traduzir gestos, silêncios e atitudes incomuns. Se ele está calado demais, é porque está pensando na melhor maneira de nos dar uma má notícia. Se está esfuziante demais, é porque andou rolando novidades que você não está sabendo. Se ele está carinhoso demais, é porque não quer que você perceba que está com a cabeça em outra. Se manda flores, é porque está querendo que a gente facilite alguma coisa pra ele. Se vai viajar com os amigos, é porque não nos ama mais. Se parou de fumar, é uma promessa que ele não contou pra você. Enfim, o cara não pode respirar diferente que aí tem.

Às vezes não tem. O cara pode estar calado porque leu um troço que mexeu com ele, ou está falando muito porque o time dele venceu. Pode estar mais carinhoso porque conversou sobre isso na terapia e pode estar mais produzido porque teve um aumento de salário. Por que tudo o que eles fazem tem que ser um recado pra gente?

É uma generalização, mas as mulheres costumam ser mais inseguras que os homens no quesito relacionamento. Qualquer mudança de rota nos deixa em estado de alerta, qualquer outra mulher que cruze o caminho dele pode ser uma concorrente, qualquer rispidez não justificada pode ser um cartão amarelo. O que ele diz importa menos do que sua conduta. Pobres homens. Se não estão babando por nós, se tiram o dia para meditar ou para assistir um jogo de vôlei na tevê sem avisar com duas semanas de antecedência, danou-se: aí tem.

A Alegria na Tristeza..

O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.

O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.
(Martha Medeiros)



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Que seja doce...

Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você. Que sejam doce os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar. Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone. Que seja doce o seu cheiro. Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto. Que sejam doce suas expressões faciais, até o levantar de sobrancelha. Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado. Que seja doce a ausência do meu medo. Que seja doce o seu abraço. Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão. Que seja doce. Que sejamos doce. E seremos; eu sei.


Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo prá me ver
E que nunca na vida me encontrou. 

(F. Espanca)

Nunca...

Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só…
 
(Florbela Espanca)

Deixa..

Pensa que é esperta..mas é ingênua..
Finge que não acredita, mas no fundo sempre acaba acreditando..
Passa que é forte, mas o que ela quer mesmo, é colo..

Faz o que não quer,
Fala com medo de se entregar,
Foge não querendo trair a si mesma,
Corre querendo ficar.

Sabe bem o quanto uma falsa verdade pode causar..
Por isso, foge, finge e deixa passar..
Deixa passar agora...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

ELa sempre se engana...

Sentada hoje na viagem de volta para casa, o ônibus demora tanto para chegar, que dá até tempo pra pensar na vida.
Percebi como tenho o dom de afastar pessoas, bem mais do que aproximar. E não é que eu seja uma pessoa ruim..Mas simplesmente porque meu maior dom é manter pessoas afastadas.
Poucas palavras, sorriso sem graça, olhar distante..
A verdade é que sempre, pelo menos todas as vezes que eu lembre..acabo me enganando com as pessoas..
Espero sempre muita coisa, espero sempre uma verdade..
Acabo acreditando que dessa vez vai ser diferente. Mas a decepção já não me assusta..
Um dia eu paro de acreditar..Enquanto isso, deixa eu me enganando por aí..

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pensei...

Como eu havia pensado...
Não sei ainda como vim parar aqui..Eram momentos, minutos...passageiros...
Não podia mais consertar os cacos que quebrei, e pra que consertar? 
Estava indo tudo tão errado e perfeito.
Alucinante momento que jamais vivi.
Podia parar a qualquer momento, mas vamos continuar errando.
O errado me chama, me fascina, me convida. 
E eu não quero parar.

Na verdade, eu nunca havia pensado..
Pensei em tantas coisas e acabei vivendo isso..
Posso parar agora, mas não quero. 

Quero jogar os cacos fora..
Eles me tiram o ar, atrapalham o meu viver.

Deixa eu ser só por um minuto, inconstante e insensata. 
Preciso tanto de algumas loucuras de vez em quando.

Daqui a pouco eu volto, a pensar e a mentir pra mim.
E fingir que sou feliz.
Por enquanto deixa eu ver como é ser assim, por um só momento. (D. P. N.)

"Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?"

# Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém.
Provavelmente a minha própria vida.
Viver é uma espécie de loucura que a morte faz.


“Eu me dou melhor comigo mesma quando estou infeliz: há um encontro. Quando me sinto feliz, parece-me que sou outra. Embora outra da mesma. Outra estranhamente alegre, esfuziante, levemente infeliz é mais tranqüilo. Tenho tanta vontade de ser corriqueira e um pouco vulgar e dizer: a esperança é a última que morre.”