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domingo, 25 de abril de 2010

Não sou daqui..



'Acho que não sou daqui

paro em sinal vermelho

observo os prazos de validade

bato na porta antes de entrar

sei ler, escrever

digo obrigado, com licença

telefono se digo que vou ligar

renovo o passaporte

não engano no troco

até aí tudo bem



mas não sou daqui

também

porque não gosto de samba

de carnaval, de chimarrão

prefiro tênis ao futebol

não sou querida, me atrevo

a cometer duas vezes o mesmo erro

não sou de turma

a cerveja me enjoa

prefiro o inverno

e não me entrego

sem recibo.' 


Continuo a mesma..

  ''Continuo a mesma. Continuo no mesmo endereço de um ano atrás. Continuo com a mesma árvore de folhas sempre verdes na calçada. ... Continuo com o mesmo nome, o mesmo sobrenome, RG e CPF.. Continuo com o mesmo celular. Continuo com o mesmo jeito direto que assusta algumas pessoas. Continuo a mesma boba que sorri de nada. Que faz bico quando chora. Continuo com o mesmo jeito tímido. Continuo com a mesma cautela. Continuo com um exagero abusado e um drama para achar graça. Continuo falando bobagens. Continuo acreditando nos amores. Continuo quebrando a cara. Continuo brincando de ser feliz. Continuo eternizando letras...Continuo com minhas insônias. Continuo com minhas defesas, medos, desesperos. Continuo vivendo muito para dentro. Continuo sem paciência para o social. Continuo com umas ondas de velhinha. Vez ou outra dou uma de João Gilberto. Continuo crítica, principalmente comigo mesma. Continuo azeda, mas muito doce quando doce. Continuo do contra e adoro discordar para pirraçar... Continuo séria. Continuo sorriso.. Continuo a fazer telefonemas de carinho ali no quintal, olhando para o céu.. Continuo a reclamar do calor. E se faz frio, reclamo do frio. Continuo a preferir o inverno. Continuo fã de sorvetes. Continuo a soprar cílios. Continuo a me apaixonar todos os dias. Continuo a sofrer para pisar no chão e deixar a fantasia de lado.  Continuo com umas coragens insanas.  Continuo sendo várias, depende de quem me chama.. Continuo louca por abraços. Continuo a fazer poesia dentro do ônibus. Continuo a me preocupar com as revoltas naturais do mundo.. Continuo travada nos euteamos.. Continuo a trocar baladas por cinema. Continuo a ter nojo de piscina. Continuo a cobrir meu corpo inteiro quando durmo à noite após um filme de terror. Continuo a achar mesmo que o cobertor me protege, nessas situações. Continuo obviamente besta. E chata. Continuo observadora demais. Continuo calada quando muita gente fala ao mesmo tempo. Continuo a criar histórias para pessoas desconhecidas enquanto sento num banco qualquer pelas praças. Continuo essencialmente MPB e bossa. Continuo sempre com um trident na bolsa. Continuo a demorar para responder e-mails. Continuo a escrever cartas. Continuo a achar estranho unhas dos pés pintadas de vermelho.  Continuo a escovar os dentes com a mão esquerda na cintura. Continuo com a letra pequenininha. Continuo a procurar erros de português em todos os cantos.. Continuo sarcástica. Continuo ótima ouvinte. Continuo sensível demais. Continuo insensível demais. Continuo a dizer que De onde vem a Calma é a fotografia do meu lado de dentro. Continuo achando quarta-feira o melhor dia da semana. Continuo acumulando leituras indicadas. Continuo a achar que chuva forte é aplauso. Continuo com inveja das pessoas que gostam de café e amendoim.. Continuo a ter gastura de pessoas cantando inglês errado. Continuo a ter medo de panela de pressão. Continuo sem cachos..  Continuo preferindo a calça jeans. Continuo a ver duplo sentido em quase tudo. Continuo a achar melancia uma fruta alegre, porque cada talhada é um sorriso. Continuo achando que preciso usar óculos. Continuo com preconceito musical. Continuo com preguiça de gente. Continuo a sorrir quando vejo uma câmera fotográfica. Continuo a não saber dar parabéns além do básico: parabéns!  Continuo a sentar na grama. Continuo a me tranquilizar quando a chuva cai lá fora.. Continuo a achar que catchup, purê de batatas e diamante negro são invenções dignas. Continuo a ficar com a cara amarela quando chupo manga.. Continuo a achar que pra caralho é uma expressão que intensifica as coisas pra caralho. Continuo a ter que me cobrir da cintura até os joelhos, mesmo que o calor seja imenso, ou então não durmo..  Continuo a tirar o esmalte com os dentes deixando o chão cheio de pontinhos vermelhos, quando ansiosa. Continuo solta. Continuo amante de praias. Continuo a usar close-up verde. Continuo a ficar tonta na rede. Continuo achando a acústica do banheiro algo sensacional. Continuo a contar meus mais amigos nos dedos da mão direita. Continuo com doses de melancolia. Continuo a voar para dentro das pessoas quando vejo pedacinhos meus por lá. Continuo a ver um lado escondido quando o espelho me enfrenta. Continuo a chorar de repente, do avesso, florindo. E depois, planto sorrisos. Continuo a me gastar de maneiras lindas. E a contabilizar meus pedaços assim, todo dia '05 de novembro'. Que eu escolhi para meu. Que me recebeu, com suas águas. Toda essa promessa de vida. E vários corações.

Continuo
amor.''


sábado, 24 de abril de 2010

Aprendi...

"Tô pagando pra ver sim, tô com a cara exposta sim, e pode doer o quanto for, podem maldizer o quanto for, o sorriso que eu levo hoje apaga todos os outros rastros. Eu aprendi, aos trancos, que ser feliz não dói. Ser feliz não dói!"

(Tati Bernardi)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Essa estranheza...


E começando na segunda..Todas as confusões eram até agradáveis de certa forma...Tinha me sentido bastante feliz na semana anterior...Já havia de se esperar..
E ainda na segunda ...lá pela noite..antes tivesse ido à maldita aula de química..talvez tivesse adiado essa angústia...
Terça-feira..Como sempre agindo meio inconseqüente... sem pensar demais, nem de menos..Parecia bem fácil, e realmente foi...
Quarta-feira...Até tentei...tentei por demais...E como eu tentei..Só Deus sabe, só Ele sabe..
Me senti tão feia por dentro nessa noite de quarta. Senti me arrepender depois de já nem lembrar o que significa arrependimento..

Enfim,
Ainda não sei o houve e o que haverá de ser..Tentei pela manhã, tenho um medo enorme de me mostrar arrependida, talvez por orgulho..

Hoje é quinta-feira...E coisas acontecem em mim..Ainda não me acostumei..

Não só acontecem agora...mas tudo o que já aconteceu não me ajuda mais a voltar..
Mudou tudo..

Eu sei que passar, sempre passar, mas agora parece que nunca vai passar.
E é tão dolorido..

Quero tanto me perder de novo..

Eu sei, mas não devia..

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


(Marina Colasanti ou Clarice L.?)

Tom..

Assim,
Começou assim
Uma coisa sem graça
Coisa boba que passa
Que ninguém percebeu

Assim,
Depois ficou assim
Quis fazer um carinho,
Receber um carinho,
E você percebeu

Fez-se uma pausa no tempo
Cessou todo meu pensamento
E como acontece uma flor
Também acontece o amor

Assim,
Sucedeu assim,
E foi tão de repente
Que a cabeça da gente
Vira só coração
Não poderia supor
Que o amor nos pudesse prender,
Abriu-se em meu peito um vulcão
E nasceu a paixão..

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sem comentários..

Paris — Toda vez que chego a Paris tenho um ritual particular. Depois de dormir algumas horas, dou uma espanada no rodenirterceiromundista e vou até Notre-Dame. Acendo vela, rezo, fico olhando a catedral imensa no coração do Ocidente. Sempre penso em Joana d’Arc, heroína dos meus remotos 12 anos; no caminho de Santiago de Compostela, do qual Notre-Dame é o ponto de partida — e em minha mãe, professora de História que, entre tantas coisas mais, me ensinou essa paixão pelo mundo e pelo tempo.

Sempre acontecem coisas quando vou a Notre-Dame. Certa vez, encontrei um conhecido de Porto Alegre que não via pelo menos á2o anos. Outra, chegando de uma temporada penosa numa Londres congelada e aterrorizada por bombas do IRA, na época da Guerra do Golfo, tropecei numa greve de fome de curdos no jardim em frente. Na mais bonita dessas vezes, eu estava tristíssimo. Há meses não havia sol, ninguém mandava notícias de lugar algum, o dinheiro estava no fim, pessoas que eu considerava amigas tinham sido cruéis e desonestas. Pior que tudo, rondava um sentimento de desorientação. Aquela liberdade e falta de laços tão totais que tornam-se horríveis, e você pode então ir tanto para Botucatu quanto para Java, Budapeste ou Maputo — nada interessa. Viajante sofre muito: é o preço que se paga por querer ver “como um danado”,feito Pessoa. Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.

Enrolado num capotão da Segunda Guerra, naquela tarde em Notre-Dame rezei, acendi vela, pensei coisas do passado, da fantasia e memória, depois saí a caminhar. Parei numa vitrina cheia de obras do conde Saint-Germain, me perdi pelos bulevares da le dela Cité. Então sentei num banco do Quai de Bourbon, de costas para o Sena, acendi um cigarro e olhei para a casa em frente, no outro lado da rua. Na fachada estragada pelo tempo lia-se numa placa: “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) — frase de uma carta escrita por Camilie Claudel a Rodín, em 1886. Daquela casa, dizia aplaca, Camille saíra direto para o hospício, onde permaneceu até a morte. Perdida de amor, de talento e de loucura.

Fazia frio, garoava fino sobre o Sena, daquelas garoas tão finas que mal chegam a molhar um cigarro. Copiei a frase numa agenda. E seja lá o que possa significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem. Tomei um Calvados, entrei numa galeria para ver os desenhos de Egon Schiele enquanto a frase de Camille assentava aos poucos na cabeça. Que algo sempre nos falta — o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Sentir sede, faz parte. E atormenta.

Como a vida é tecelã imprevisível, e ponto dado aqui vezenquando só vai ser arrematado lá na frente. Três anos depois fui parar em Saint-Nazaire, cidadezinha no estuário do rio Loire, fronteira sul da Bretanha. Lá, escrevi uma novela chamada Bem longe de Marienbad , homenagem mais à canção de Barbara que ao filme de Resnais. Uma tarde saí a caminhar procurando na mente uma epígrafe para o texto. Por “acaso”, fui dar na frente de um centro cultural chamado (oh!) Camille Claudel. Lembrei da agenda antiga, fui remexer papéis. E lá estava aquela frase que eu nem lembrava mais e era, sim, a epígrafe e síntese (quem sabe epitáfio, um dia) não só daquele texto, mas de todos os outros que escrevi até hoje. E do que não escrevi, mas vivi e vivo e viverei.

Pego o metrô, vou conferir. Continua lá, a placa na fachada da casa número 1 do Quai de Bourbon, no mesmo lugar. Quando um dia você vier a Paris, procure. E se não vier, para seu próprio bem guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo.

O Estado de S. Paulo, 3/4/1994

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quero de novo..

Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim.
Dilacerando felicidades de mentira,desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto
.
É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias,me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos,ilumina o corredor por onde passo todos os dias.
É agora que quero dividir maças, achar o fim do arco-íris,pisar sobre estrelas e acordar serena.
É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito,preparar uma massa, sentir seus cílios.
“Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?”
Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar.
Não negue, apareça. Seja forte.
Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto.
Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes.
Sem esperas, sem amarras, sem receios,sem cobertas, sem sentido, sem passados.
É preciso que você venha nesse exato momento
.
Abandone os antes.Chame do que quiser. Mas venha.
Quero dividir meus erros, loucuras, chocolates...
Apague minhas interrogações.
Por que estamos tão perto e tão longe?
Quero acabar com as leis da física,
Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha.
Não sou pedaço. Mas não me basto.


Desmediocrize

"Desmediocrize sua vida. Procure seus "desaparecidos", resgate seus afetos. Aprenda com quem tiver algo a ensinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado. Troque experiências, troque risadas, troque carícias. Não é preciso chegar num momento limite para se dar conta disso. O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário. Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir."


Martha Medeiros
 
 
Eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles.
Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver.
Eu deixo pra quem eu acho que pode comigo.
Ninguém sabe.
Mas eu tenho coração de moça."
(Fernanda Young)

Depois passa..

"Pedi pra mãe: — me interna, tô infeliz pra caralho!"

(Caio Fernando Abreu)

 Um dia...Às vezes é preciso tomar decisões que nos fazem "sofrer"..
Sentimento ruim..Precisei mudar o rumo da história e fazer tudo diferente..
Não é fugir! É que preciso ser feliz a longo prazo, não quero hoje esse entusiasmo do novo, do que nunca vivi. Quero a vida calma e feliz que sempre tive, quero o pleno, quero o completo, quero só meu..

Seria melhor se fosse diferente, mas não é.
Decisões tomadas hoje refletirão amanhã.
Então, daqui a pouco esse nó na garganta acaba e volto a ser leve novamente.

sábado, 17 de abril de 2010

Sê fiel...

.. e trata de guardar esses poucos preceitos:

Não
dá voz ao que pensares
, nem transforma em ação um pensamento tolo.
Amistoso

sim, jamais vulgar.
Amigos que tenhas, já postos à prova, prende-os à
tua alma com grampos de aço; mas não caleja a mão festejando qualquer
galinho implume mal saído do ovo. Procura não entrar em nenhuma briga;
mas, entrando, encurrala o medo no inimigo, presta teus ouvidos a
muitos, tua voz a poucos.

Acolhe a opinião de todos - Mas você
decide.
Usas roupas tão caras quanto tua bolsa permitir, mas nada de
extravagâncias - ricas, mas não pomposas. O hábito revela o homem.
E,
na França, as pessoas de poder ou posição se mostram distintas e
generosas pelas roupas que vestem.
Não empreste nem peça nada
emprestado. Quem empresta perde o amigo e o dinheiro, quem pede
emprestado já perdeu o controle de sua economia.
E, sobretudo,
fiel a ti mesmo.

Jamais serás falso pra ninguém.


Polônio, em Hamlet.
William Shakespeare
 
 

domingo, 4 de abril de 2010

"Fazia muito tempo que eu não tinha vontade de sorrir para nada nem para ninguém, então era extraordinário que ele conseguisse assim perturbar os cantos de meus lábios..."

Revendo...

"Não importa quanto vai durar - é infinito agora."

(Caio Fernando Abreu) 

 






Êta vidinha..

É preciso coragem.
Uma coragem danada.
Muita coragem é o que eu preciso.
Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção…
porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada.
Sei lá..."

(Clarice Lispector)

Entre as idas e vindas, o novo e o velho..
Pensamentos soltos, ainda tentando se encontrar.
Confusões deliciosas de se viver.

Tudo tão belo, tão confuso, e tão gostoso de se viver.
As músicas parecem fazer sentido, os poetas parecem ter mais razão que os sábios.
Descobri que agente aprende, quando se deixa aprender.

O medo foi embora sozinho quando parei de me importar com ele.
E nada me assusta tanto...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

É...

O caminho é este,
tem pedra, tem sol,
tem bandido, mocinho,
tem você amando, tem você sozinho,
é só escolher, ou vai, ou fica. Fui.

[Martha Mederios]
 
 
 



Gente fina..

"Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. O que mais se pode querer? Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra. Gente fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença. " (Martha Medeiros)